Spread your wings….. or just spread the word

Como forma de “conhecer” melhor quem nos visita, decidimos recorrer a um auxiliar de dados estatísticos… e de entre outros (quase inúmeros) dados, achamos por bem referir que:


Recebemos visitas do Brasil, de Itália e claro Portugal, sendo que deste último temos mais detalhes. Tal fim, permitiu-nos saber, que as visitas ao site, (embora não estejam contabilizadas desde a colocação on-line do site) tiveram como origem: Lisboa, Guimarães, Gondomar, Coimbra, Sacavém, Carvalhos, Viseu, Vila Nova de Gaia, Maia. . . e as mais suspeitas, Braga, Paços de Ferreira e Porto, este último com 32,14% das visitas.

Desde já o nosso Muito Obrigado ! !

Aguçando um pouco mais a curiosidade, sabemos ainda que:

- 58,93% das visitas foram de novos visitantes,

- 62,71% utilizaram como site de origem o escritanamesa.blogspot.com , embora alguns tenham cá chegado por acesso directo.

- 13,56% visitaram o site entre 15 e 25 vezes

- 61,02% visitaram-no apenas uma

- 10,17% visitaram 3 páginas do blog

- a página mais vista foi a principal, seguida da “Como Mãe e Nutricionista” e “Como comunicamos sobre nutrição - duas correntes”

(. . .) e por pura bisbilhotice. . . um dos nosso visitantes acedeu ao nosso blog pelas palavras-chave de pesquisa “spots óleo fula”. . . hum…. Esperamos que não tenha achado o blog muito gorduroso e que não tenha frito a paciência!

Bem, não sabemos porque é que o céu é azul, ou o que motivou a visita de cada um a este blog, mas sabemos o quão gordos teremos de ser para nos tornarmos à prova de bala. . . e a forma modelar de não o fazer!!

Será este o seu motivo?


Da forma como a percentagem de obesos entre os adultos, jovens e principalmente crianças tem vindo a aumentar, não podemos dizer que não seja uma boa forma de retorquir os comentários mais endiabrados. . . “ Estou a tornar-me á prova de bala”. Mas se assim fosse, quão gordos teríamos de ser para nos tornarmos á prova de bala?
Cá vai uma possível explicação. . .

“A profundidade de penetração de uma bala depende de um certo número de factores, como sejam a energia da bala, o seu diâmetro, massa, forma e material. As balas de espingarda e pistola podem medir entre 5 e 15 milímetros de diâmetro e ter 70 a 7000 joules de energia, e a típica bala de 9 milímetros tem uma energia de 500 joules.
A profundidade de perfusão de uma bala é normalmente cerca de 30 centímetros, quando situados a uma distância de 5 metros do cano. Para calcular quanto poderia pesar tal camada de gordura, comece-se pela área “que está por baixo”, existindo inúmeras fórmulas para calcular a superfície do corpo. Utilizando a fórmula de Mosteller, para um homem de 175 centímetros de altura possuir uma camada de gordura de 30 centímetros de espessura, e a densidade de um grama por centímetro cúbico necessária, teria que pesar qualquer coisa como 650 Kg”.

Mas infelizmente um corpo humano nunca será inteiramente á prova de bala, se forem tomados em conta os tecidos e apêndices como as mãos, pés ou orelhas. E mesmo que a pele fosse suficientemente espessa para deter uma bala, a onda de choque poderia danificar seriamente os órgãos internos, um efeito muito explorado pelas balas.

Assim sendo, se esta era realmente a sua ideia, talvez esteja na altura de a mudar. . .

O "nosso" Projecto

Bem, com tantas ideias o nosso projecto para uma sessão de educação alimentar acabou por resultar numa panóplia de boas ideias que têm tudo para dar certo. Os contactos já foram todos estabelecidos e as coisas estão a correr pelo melhor. Parece estranho estar a dizer isto agora, mas a nossa actividade será apresentada apenas em Fevereiro, por ser esta a única data possível para as diversas instituições envolvidas, embora já tudo esteja pronto para ser posto em prática.

Da união entre pontos de vistas diferentes, foram elaborados então os seguintes projectos.

Vamos Aprender – Porções, roda dos alimentos e opções de vida saudáveis.

Sessão de esclarecimento, o mais simples possível, de modo a cativar a atenção dos alunos e explicar-lhes de forma clara o que é uma dose de cada um dos grupos da roda.

Vamos Correr – Actividade que tem como objectivo apresentar uma exposição oral a incentivar a pratica de desporto.(projecto em parceria)! Poderemos ter aqui uma surpresa…Mantenham-se atentos.

Vamos JogarÉ um jogo, que apelidamos carinhosamente entre nós de “flor de velocímetros”( para agradar a ambos os sexos), a ser construído manualmente por cada aluno, após cedermos material e instruções. Não se trata mais do que um medidor das porções de cada grupo de alimentos, que cada miúdo consome ao longo do dia. Se consumir as porções correctas ganha pontos positivos, se ultrapassar recebe pontos negativos. Estes pontos devem estar registados no quadro de pontuações criado para o efeito, preferencialmente a afixar na sala de aula.

Vamos Cozinhar – Este é um dos projectos em parceria. È um workshop de culinária saudável, repleto de receitas saudáveis e divertidas que se destina aos filhos e aos pais, num ambiente descontraído e em que se estimula a interacção com os alimentos.

Essencialmente é o nosso contributo para a sensibilização dos pais a passar tempo, que se quer de qualidade, com os filhos.

Como referido, foi impossível obter dentro do tempo estipulado o feedback pretendido, mas o blog não acaba aqui… e prometemos novidades no desenrolar dos projectos.

Excelentes escolhas!

A encontrar num corredor desconforme, numa prateleira desarticulada, sem grande destaque. . .


- Comer Bem, Crescer Saudável




- Super-heróis SuperSaudáveis


Crescer para cima


São de louvar todos os livros de qualidade sobre educação alimentar, principalmente os direccionados aos mais novos, uma vez que cada vez mais se verifica um desequilíbrio entre o que as crianças comem e o que gastam.

Sabendo-se que cada célula gorda que nasce na fase de crescimento nunca mais morre, o tratamento da obesidade tem taxas de sucesso mais baixas a partir dos 11 anos, idade em que é mais difícil mudar hábitos alimentares e de exercício físico.

Nesta linha, a pediatra Carla Rego e a produtora editorial Maria Antónia Peças lançaram o livro «Crescer para Cima», que reúne conselhos para prevenir e combater a obesidade infantil. Carla Rego, é responsável pela consulta de Obesidade Pediátrica na Unidade de Nutrição do Hospital S. João, do Porto.

A ideia é que o livro funcione como manual de informação e de tentativa de mudança de atitudes e comportamentos. Escrito em «linguagem simples» permite que a obra seja simultaneamente consultada por pais e filhos, incluindo ainda mais de 100 receitas saudáveis para ter uma alimentação equilibrada.

Mãe, mãe….tenho um monstro no prato!!!!


Na tentativa de me informar sobre aquilo que as crianças de hoje em dia sabem sobre alimentação saudável, passei algumas horas a passear por lojas, bibliotecas, livrarias… e confesso que fiquei bastante surpreendida, se não mesmo desiludida.

Perguntei-me sobre a alimentação que é ensinada às crianças, e qual não é o meu espanto quando me deparei com livros e enciclopédias sobre os mais diversos (e por vezes esquisitos e inapropriados) assuntos, mas o tema que me interessava, e que me fazia percorrer os mais desconformes corredores e estantes encontrava-se sempre numa esquina, numa prateleira desarticulada, sem grande destaque...

Bem, num aliar de sabedoria popular, (que diz ser de pequenino que se torce o pepino), ao que é dito pela Organização Mundial de Saúde, (que anuncia que a prevalência de excesso de peso e obesidade triplicou nas ultimas décadas, estimando-se que em 2010, caso não sejam tomada medidas preventivas, 15 milhões de crianças e adolescentes sejam obesos), assolou-me uma duvida que não consegui ver solucionada. . . e que gostava de aqui deixar (numa tentativa retórica de resposta). . .

Porque é que se descura tanto a educação alimentar????

Young man… what exactly are you doing - balancing your diet?


Educar crianças não é por certo tarefa fácil e mudar hábitos que os acompanham desde cedo avizinha-se ser uma tarefa ainda mais agreste. Nada melhor pois, que usar aqueles que mais facilmente captam a atenção dos mais novos e que quase sempre conseguem conferir ao mais aturdido dos discursos, uma indubitável credulidade.

Assim, de referir entre outras:

- mais antiga, a parceria da USDA com a Scholastic e a The Walt Disney Co. para promover uma alimentação saudável dentro e fora da escola;

- uma mais recente, a parceria do U.S. Department of Health & Human Services Partners com Ad Council e a DreamWorks que visa o combate á obesidade infantil, sob o slogan “Get up and play, an hour a day”.

Ginasticar a memória…

Lembram-se das manhãs da RTP, em que nos colávamos ao televisor para ver a espectacular “Rua Sésamo”?! Eu lembro-me...ainda sou desse tempo.

Mas o que isso interessa para este blog?! Pois bem, já nessa altura se tentava incluir em programas dirigidos para crianças a educação para hábitos de vida saudável...

Não acreditam...Então vejam...

Educar as crianças para uma melhor alimentação . . . 3 vivas para o Capitão Vegetal

E ainda, incentivar o exercício físico, porque a actividade física faz parte de uma vida saudável

«Os publicitários são todos uns exagerados»

Retirado de - Jornal Expresso Edição 1653 de 03.07.2004

"Os consumidores estão cada vez mais cuidadosos com o que comem e bebem. Lêem atentamente os rótulos e na sua maioria só adquirem alimentos que não sejam prejudiciais para a saúde. Conhecedores desta nova preocupação, os fabricantes e a gente do «marketing» unem esforços para explicarem que o seu produto é bom para a saúde, reforça as defesas do organismo ou contém gorduras amigas do coração.

Neste momento, cada caso é um caso. Desde 1999, a legislação proíbe a atribuição de virtudes medicinais aos produtos alimentares, obrigando os publicitários a acrobacias linguísticas. E desde há três anos existem regras bem especificas sobre as informações que devem constar dos rótulos. Mas há um vazio que permite aos produtos reivindicarem efeitos benéficos na saúde de quem os consome. Assim, temos ovos com Ómega 3, margarinas que reduzem o colesterol e iogurtes que reforçam as defesas do organismo. O problema reside no facto de não haver qualquer critério para definir quais as alegações legítimas. Aguarda-se um diploma que o Parlamento Europeu deverá aprovar nos próximos meses.


Mário Beja Santos, do Instituto do Consumidor, descreve dois tipos de alegações: a de uma presença acrescida de alguns nutrientes ou substâncias e a de resultados na saúde do consumidor. A primeira é facilmente comprovável. Basta verificar a quantidade de cálcio reivindicada por um leite ou a fibra que contém um certo pacote de bolachas. Em Setembro de 2002, a «Proteste», revista da Associação de Defesa dos Consumidores (Deco), salientava que um dos problemas reside no facto de a «fortificação» anunciada «não constituir realmente uma necessidade». Se os consumidores tiverem uma alimentação completa, não precisam de suplementos. Por outro lado, muitas vezes, o acréscimo anunciado nem sempre é significativo e, por fim, quando ingeridas em excesso, algumas vitaminas e minerais podem ser nefastas.

Alexandra Bento, presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas, lembra que muitas vezes os nutrientes anunciados nos rótulos de embalagens estão presentes em maiores quantidades em produtos naturais. O tomate contém antioxidantes que previnem o cancro da próstata. O peixe é mais rico em ácidos gordos Ómega 3 que a maioria dos produtos que os publicitam. Para atingir a dose recomendada, teria de se beber uma quantidade de leite com esta substância muito acima do desejável - salienta a nutricionista.

Quanto às alegações funcionais, a sua verificação científica é mais difícil. Um dos casos mais sintomáticos é o do Actimel, da Danone, que vende 5974 toneladas por ano, ou seja, 12,4% das suas vendas no nosso país. O produto, lançado em 1998, é feito à base de leite fermentado que contem uma bactéria láctica (o lactobacillus casei imunitass) que actua sobre o intestino, reforçando o sistema imunitário. A empresa pediu a comprovação desta característica à Agência Francesa para a Segurança Sanitária dos Alimentos (AFSSA) e da frase «Actimel reforça as defesas naturais». Apesar de reconhecer a sua acção benéfica, Alexandra Bento lembra que é preciso relativizar a sua necessidade. A médica conta que é consultada por mães preocupadas por não poderem comprar este tipo de produtos para os seus filhos. «É uma opção», resume, e lembra o preço do produto - tomar um Actimel por dia custa €15 por mês.


Um caso mais polémico é o do óleo Fula, cuja publicidade exibe o certificado de «produto saudável» da Fundação Portuguesa de Cardiologia. Alexandra Bento considera o anúncio «chocante» por baralhar os consumidores. Se o objectivo até podia ser pedagógico, definindo critérios para produtos saudáveis, a associação exclusiva a este produto confunde. Apesar de o óleo ser necessário na alimentação, há gorduras mais saudáveis, como o azeite. O vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia - a associação científica do sector -, Vítor Gil, acrescenta que é «complicado atribuir certificado a marcas e não a produtos».
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A “ARTE” DE CONVENCER O CONSUMIDOR

Bem, depois de muito dizermos, achamos por bem dar a conhecer a opinião de pessoas versadas no assunto e sugerimos a leitura da reviste e.ciência – A revista da Ciência, Tecnologia e Inovação em Portugal, cuja edição tem como editorial : A “Arte” de Convencer o Consumidor; e aborda muitos dos aspectos publicitários, dando respostas claras, correctas e imparciais. Sem dúvida uma boa exposição sobre alimentação e a forma como sobre ela se comunica.

Dummys Guide: Como vender o seu produto

A melhor forma de vender um produto é fazer com que as pessoas mesmo antes de o comprar sintam confiança no produto, gostem do produto ou simplesmente o queiram adquirir.

Já aconteceu a todos nós no intervalo daquele jogo de futebol ver o anúncio daquele produto e compra-lo no dia a seguir, porque o anúncio foi tão convincente ou simplesmente nos “seduziu”.

Assim, jovem empreendedor que estas a ler estas linhas, se queres publicitar de forma convincente o teu novo produto alimentar, terás que seguir estes pontos básicos: dar a conhecer esse novo produto (desde o conteúdo, à utilização ou às suas características); promover o produto de forma a que o consumidor se sinta atraído; incitar à sua compra, fazer agir, mudar atitudes, obter uma atitude positiva.

Em termos práticos, arranjar um novo formato da embalagem, com novas cores, uma boa campanha publicitária, uma promoção tipo “pague um leve dois”, um novo logótipo. Todas estas alterações e inovações fazem a diferença na arte de convencer o consumidor a preferir um determinado produto em detrimento de outro.

É claro que a qualidade é um factor importante, mas quando todos o produtos parecem oferecer o mesmo, é o exterior que tem de fazer a diferença, principalmente num mercado tão competitivo em que surgem novos produtos, plano e estratégias de marketing detalhados, para além disso devem acompanhar a evolução do mercado e as mudanças ou as necessidades dos consumidores.

“Como mãe e nutricionista” - o que não é mentira não é forçosamente verdade...

Depois de levantadas muitas questões e lançadas algumas respostas filosóficas ao longo de toda a história, sobre a origem do conhecimento, sobre a apreensão absoluta ou não da realidade pelo sujeito, torna-se actualmente mais atraente avançar um pouco nestas questões e focarmo-nos numa outra - Quem e porquê produz o conhecimento e a forma como o divulga é o não a mais correcta – isto porque, depois de muito o questionar, transforma-mos o conhecimento (e especialmente o conhecimento científico), numa arma de arremesso que funciona como objecto de interesse económico ou até político.

No que toca ao conhecimento sobre nutrição e alimentação, já nos habituamos a ver na TV e quase sempre em spots de cariz publicitário, a frase “cientificamente comprovado” que tem quase sempre por finalidade, jogar como “selo de qualidade” do produto.

Estes produtos têm quase sempre uns compostos de nome estranho, cuja função desconhecemos ou não compreendemos de forma clara, e acabamos por comprar o discurso de qualidade como realidade última, clara e inequívoca. (o que normalmente se traduz numa cara menos desventurada quando despendermos uns bons trocados pelo produto, igualzinho ao do lado, mas sem selo de qualidade).

É por isto claro, que a divulgação pública de estudos efectuados (mais frequentemente do que afiguramos) pelas próprias empresa que vendem o produto em questão, se tornou um instrumento de trabalho das empresas de marketing, e que quase sempre levam consigo “a reboque” derivados da palavra nutrição.

Perante isto o que fazer o nutricionista? Como se comportar, como transmitir o conhecimento ao público-alvo? Admite uma posição, ou pelo contrário mantém-se imparcial? E a opção que tomar será sempre eticamente correcta?

A nosso ver, é na segurança da imparcialidade que está a forma correcta de transmitir o conhecimento, dando ao cidadão o poder final de decisão. Mas o que se o que não é mentira, não é forçosamente verdade, há questões muito delicadas no que concerne à forma de divulgação de produtos ou alimentos, onde nem sempre é clara a posição correcta a tomar.

E se por vezes conseguem os nutricionistas da melhor forma passar o conhecimento de que são detentores, e produzir textos coerentes e imparciais acerca de determinado assunto mais frágil e construtor de discórdia,

Segundo o nutricionista João Breda, aquando do 17º Congresso Internacional de Nutrição, “estudos também realizados em animais e em seres humanos sugerem que o consumo de L. Casei Imunitass produz melhoria da performance do sistema imunitário”.

Mas estes compostos não são exclusivos dos inovadores iogurtes, já que de acordo com o glossário ambiental das Águas do Algarve, este tipo de bactérias naturais benéficas também existe na água mineral, que contém ainda “sais minerais dissolvidos em maior quantidade que as águas potáveis comuns, nomeadamente o cálcio, o magnésio, o potássio o sódio e os bicarbonatos”.

Outros casos hão, em que consciente ou inconscientemente o nutricionista se deixa levar e transmite o conhecimento de forma parcial e até redutora acerca de determinado produto, onde as alegações científicas se misturam livre e arbitrariamente.

E um produto passa de “indicado em regimes restritivos e hipocalóricosa “alimento fundamental na dieta alimentar de todos aqueles que valorizam uma vida saudável.

Outros são ainda os casos em que não se trata apenas de transmissão parcial de determinado conhecimento, sobre determinado assunto ou produto, mas uma associação clara a uma gama de produtos, num discurso em que as premissas de hábitos saudáveis e substituintes alimentares equilibrados (da marca em questão) se misturam e convergem numa mesma direcção – educação alimentar - numa confusão clara para o consumidor daquilo que por educação alimentar um nutricionista deve entender.

São pois actualmente e cada vez mais, os nutricionistas (ou a sua referência no rótulo), a maneira mais fácil de tornar um produto “nutricionalmente saudável”.

Como comunicamos sobre nutrição - Duas Correntes

Estruturalista - toda a comunicação sobre nutrição é modelada por razões culturais e controlada socialmente.


Cultura: Bacalhau e Azeite (bem ao gosto português)


Social: Champagne


Funcionalista - comunicamos porque os alimentos têm uma função. O público é alertado para as funções nutricionais dos alimentos. Explica o aparecimento dos comportamentos alimentares pelos benefícios nutricionais.


  • Leite
  • Produtos sem Glúten

Actualidade- assiste-se à junção das duas correntes com interacção da dimensão quer social quer funcional.





Porque se comunica tanto sobre nutrição?!

"Simplesmente porque o Homem pensa."

Como ser comunicante, o homem tem necessidade de transmitir ideias e conhecimentos. Quer porque comer é indispensável à vida, quer porque nutrição está na moda, é natural que tanto se fale sobre esta ciência que desperta interesse e curiosidade (e ajuda sempre a vender).
Actualmente os media enchem-se de truques, dicas e indicações para os ingénuos receptores, informação esta quase nunca credível, que muitas vezes precisa ser descodificada de modo a retirar (se contiver) o importante, o essencial.
A forma pela qual a nutrição é mais explorada pelos media, é de forma mais ou menos óbvia, a publicidade, que a cada dia se torna mais "agressiva" levando o consumidor muitas das vezes a comprar produtos que desconhece.
Mas nem tudo é mau, uma vez que alguma da publicidade que nos interpela todos os dias, esclarece o consumidor, dá a conhecer de forma rápida novos compostos nutricionais e consegue até impor hábitos saudáveis.

Mas as razões pelas quais, se fala de nutrição não se esgotam aqui. Fala-se de nutrição por:

A Importância da Comunicação


Já Charles Darwin levantava a importância da comunicação e da expressividade como factor de sobrevivência, mas a origem da linguagem é muito subjectiva e sujeita a especulação.
Sabe-se contudo, que algumas palavras são imitação de sons naturais e que em larga medida, os fluxos culturais dos nossos tempos são gerados e dirigidos pelos impérios da comunicação social.
Assim, num misto de curiosidade e resenha história escolhemos 2 limites registados na história da comunicação.

The Prehistoric Era

21st Century

Comunicar

Quando se fala em comunicação, pensa-se por definição no processo de transmitir e receber ideias, informação, mensagens em geral. A rápida transmissão de informação a longas distâncias e o rápido acesso à informação trouxe de forma inequívoca um importante desenvolvimento à sociedade, especialmente nas últimas décadas.

Mas numa época em que a informação se amontoa, torna-se necessário (como já diz o velho ditado) saber distinguir “o trigo do joio” e cabe também aos detentores de conhecimento ajustar a melhor forma de o transmitir.

Numa altura em que 10% das crianças portuguesas são obesas e em que 35% dos agregados domésticos do continente têm ligação à Internet e são cada vez menos os que consultam bibliotecas, falar de nutrição em livros pode pois não ser a forma mais eficaz de atingir o alvo.

No entanto, apesar da informação e conhecimento nos chegarem directamente a casa, cada vez em maior quantidade e melhor qualidade, muitas pessoas ainda não sabem o que fazer com ela, ou sequer compreende-la.

É então pertinente lançar a questão de “saber comunicar”, e ajustar os meios de divulgação ao publico que se pretende atingir.

Este blog, embora inserido no âmbito de uma disciplina e restrito a um plano curricular, propõe-se expor algumas ideias sobre a forma de comunicar sobre nutrição, e a "forma ajustada" de o fazer, transmitindo efectivamente o conhecimento e concretizando o objectivo final de mudar hábitos de forma sólida.

Não chega pois a lei do “come e cala” - porque é saudável, porque a mãe/nutricionista manda ou (pior ainda) porque a revista de cor garrida e titulo apelativo diz que sim.
Visa pois (e como o nome sugere) vaguear pelo mundo da nutrição de forma não rígida, mas apelativa, uma vez que tal como na história da Alice, a nutrição tem criaturas estranhas, está saturada de símbolos e pode ter diversas interpretações.